sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ouvido para reconhecer marcha

Meu pai formou-se em odontologia muito jovem, aos 22 anos em 1941. Voltou de BH onde se formou na UFMG para Barbacena e abriu seu consultório na casa da minha avó. Nesta época era noivo da minha mãe, que morava em Belo Horizonte. O consultório tinha grandes janelas q davam para a rua, à época Ladeira Tiradentes, atualmente Rua Sena Figueiredo. Contava meu Tio Ângelo, veterinario, irmão mais velho do meu pai, que quando passava um cavalo na rua, e isto era toda hora nos anos 40, q meu pai escutava o barulho da ferradura e falava com o cliente q estava atendendo: " marcha picada, e boa " ou " marcha batida, mas dura " ou " quase trote " ou " xxxiiii, andadura!" . Alguns acompanhantes ou mesmo alguns clientes chegavam até a janela para conferir e ele estava certo, era aquilo mesmo q seu ouvido para marcha avaliava.